IMPERIALISMO GENOCIDA
"Imperialismo Genocida: ganhe quem ganhar, o imperialismo segue avançando seus interesses contra os povos"
O Republicano de extrema direita Donald Trump foi eleito pela segunda vez à frente da presidência da república da principal potência imperialista do mundo, contra a Democrata Kamala Harrís.
Segundo o jornal O Globo, "Até o momento, Trump vence em 27 estados. Há ainda cinco onde não foi declarado o vencedor" ("O Globo ", 06/11/2024).
O direitista Republicano retorna a gerência da pátria estadunidense após quatro anos, num contexto marcado pelo agravamento do declínio histórico do imperialismo no mundo. O regime político interno dos Estados Unidos, apesar do relativo crescimento econômico conjuntural e superficial, vive uma crise persistente, o agravamento da decadência social do país é algo inédito; o irracionalismo, a decadência cultural e a barbárie ideológica tomaram por completo o espírito geral que impera na sociedade estadunidense.
Externamente, o imperialismo sofre uma derrota de grandes proporções geoestratégicas na Ucrânia, vê seu posto avançado no Oriente Médio chamado "Israel", atolado num duro combate com o "Eixo da Resistência" árabe e isolado mundialmente. Por outro lado, a ascensão de China e Rússia como importantes atores geopoliticos internacionais e o crescimento dos BRICS na arena internacional, ameaçam colocar freios ao poder unipolar dos Estados Unidos e sua hegemonia terrorista no mundo; também, o imperialismo já pode ver no horizonte a decadência e contestação do sistema monetário do petrodólares, uma das colunas centrais de sustentação de seu poderio guerreirista sobre os povos.
Em tal conjuntura, a tendência é que o próximo governo Republicano, embora em grande medida assentado numa fração da burguesia estadunidense, mais ligada ao mercado interno, dar continuidade em linhas gerais à política imperialista terrorista agressiva do Democrata Joe Biden. Sobretudo porque trata-se de defender interesses estratégicos fundamentais do Estado imperialista Norte Americano diante de seu franco declínio mundial. Republicanos e Democratas, embora relativas às diferenças por expressarem determinadas frações das classes dominantes ianques, com determinados interesses econômicos, representam naquilo que se torna estratégico e fundamental, alas diferentes do partido único da burguesia imperialista.
Os Democratas, inclusive, tem se mostrado mais alinhados com as frações mais expansionistas de sua burguesia. Basta vermos que foi durante o governo do negro simpático e Democrata Barack Obama, que explodiu um processo avassalador do golpismo imperialista no mundo sob as formas de revolução colorida e guerras híbridas.
Tanto a região do Oriente Médio, como América Latina, Norte da África e Europa do Leste sofreram, ou estão sofrendo processos de reconfiguração em seus respectivos mapas geopolíticos, devido às guerras híbridas ou convencionais, articuladas por Washington e seus pré postos cabeças de ponte nas respectivas regiões.. As chamadas "Primaveras Árabes", o golpismo generalizado que promoveu mudanças de regime em diversos países latino-americanos desde 2009, o golpe nazista na Ucrânia em 2014, o genocídio contra o povo palestino e libanês de agora, etc., tiveram origem e/ou continuidade durante os sanguinários governos Democratas nos Estados Unidos, desde o negro Obama, até o velhinho gagá identitário Biden.
O direitista fascista Trump por exemplo, apesar das bravatas e torpezas, não cometeu nem de longe nada parecido com os crimes da dupla Democrata Obama/Biden (poderíamos acrescentar nesta lista a criminosa e assassina madame Hilary Clinton).
Não queremos dizer com isso, que o fanfarrão Donald Trump seja supostamente mais "moderado" ou "comedido" como gerente do agressivo império estadunidense. Não, de forma alguma. Trump, assim como seus antecessores, não passa de um serviçal dos interesses das classes dominantes imperialistas e portanto, apesar de diferenças pontuais com seus parceiros Democratas, terá de cumprir no essencial, aquilo que for de interesse da hegemonia guerreirista imperial.
A classe operária e os povos oprimidos do mundo, não podem ter o mínimo de ilusões em quem quer que seja o gerente da vez na pátria ianque. A chamada "esquerda" brasileira da atualidade, pequena burguesa e vinculada ideologicamente com os modismos universitários identitários que vêm dos Estados Unidos, há demonstrado histeria e desespero diante da vitória do direitista Trump, como se sua concorrente, Kamala Harrís, não estivesse envolvida diretamente com o genocídio do povo palestino e as provocações contra a Venezuela, Rússia, Irã e China, que podem levar o mundo a uma terceira guerra mundial nuclear. Isso mostra a falência total dessa "esquerda" identitária e do governo petista de Lula, alinhado até a medula com o partido Democrata e o genocida Joe Biden.
Ganhe quem ganhar, o imperialismo estadunidense, base de sustentação do modo de produção capitalista no mundo e bastião Internacional da contra-revolução e do irracionalismo, guia-se por seus interesses de dominação total contra os povos, nem que para isso leve a humanidade toda a sua destruição.
A esquerda no mundo precisa voltar às suas origens históricas. Retornar aos ensinamentos de Marx, Engels, Lenin, Trotsky, Mao TSE Tung, Guevara, etc., é fundamental para superar a atual confusão ideológica pós moderna que ganhou terreno nas últimas décadas de auge da contra-revolução mundial.
Voltar-se à luta antiimperialista irredutível, ao combate internacional contra o capital e pelo comunismo, deve ser nosso norte e de todos os trabalhadores conscientes do mundo, no atual período de decadência geral do regime burguês e que tem se expressado no declínio histórico do imperialismo americano.
"Nota da Frente Revolucionária dos Trabalhadores sobre as eleições estadunidenses"
De @arabsofconquest
É trágico e absurdo que nos encontremos agarrados ao eleitoralismo, esperando que votar dentro de um sistema projetado para nos suprimir de alguma forma avance a libertação palestina e árabe. Essa abordagem não é apenas equivocada; é uma concessão a um sistema imperial que provou, repetidamente, que não serve aos oprimidos. As eleições dos EUA não são caminhos para a justiça - são mecanismos que mantêm o poder firmemente nas mãos daqueles que sustentam a ocupação, a exploração e o militarismo em todo o mundo, especialmente na Palestina.
A política eleitoral, como existe em potências imperiais como os EUA, nunca foi pensada para desmantelar o colonialismo ou acabar com o sofrimento daqueles sob ocupação. Em vez disso, ela reforça um sistema que nega sistematicamente nossa humanidade, mantém nossas terras ocupadas e pune aqueles que ousam para resistir. Em cada ciclo eleitoral, vemos candidatos que podem nos oferecer uma linguagem de "esperança" e "mudança", mas eles operam dentro de uma estrutura que defende as mesmas forças que nos oprimem. Acreditar que isso nos trará liberdade é não entender a natureza deste sistema e seu compromisso com a proteção dos interesses imperiais.
A verdadeira libertação não pode ser conquistada através de uma urna governada pelo poder imperial; requer resistência contra as estruturas que sustentam o colonialismo, a coragem de agir fora dos seus limites e a clareza de reconhecer que a nossa liberdade nunca nos será entregue por aqueles que nos nos mantiveram oprimidos. Nosso caminho a seguir não é validar o sistema deles, mas desmantelá-lo, resistir a ele em todas as formas e construir uma solidariedade que transcenda fronteiras e desafie o governo imperial.
Porque no final do dia, escolher entre Donald Trump e Kamala Harris é como escolher um shibshib do mesmo par. Não importa qual você escolher, ambos são criados a partir do mesmo sistema, e ambos tente pisar nos oprimidos da mesma forma.
*
A WikiLeaks lançou publicamente as seguintes perguntas a Trump, numa antecipação do seu possível regresso à Casa Branca:
Como vai lidar com os chamados “lobos com chapéus MAGA” [1] do estado profundo que rondam a sua equipa de transição, fazendo-se passar por MAGA a fim de obter posições poderosas numa futura administração Trump? Afinal de contas, a questão do pessoal é política.
Na sua anterior administração, nomeou figuras como Mike Pompeo, John Bolton, William Barr (ex-CIA), Robert O’Brien, Nikki Haley e Elliott Abrams, que muitas vezes se opuseram à sua retórica “America First”, especialmente em matéria de política externa e liberdade de expressão. Se for novamente eleito, pode garantir que estes indivíduos, ou outros como Tom Cotton e Marco Rubio – ambos financiados por empresas de armamento – não ocuparão cargos na sua administração?
Muitos destes indivíduos não só se opuseram às suas políticas como trabalharam ativamente contra si, chegando mesmo a apoiar a sua acusação. Por exemplo, Mike Pompeo acusou-o de guardar documentos confidenciais, sugerindo que isso colocava em perigo os soldados americanos. Também ordenou à CIA que elaborasse planos para assassinar Julian Assange, suprimiu a divulgação dos ficheiros JFK a pedido da CIA e afirmou que “não existe um estado profundo na CIA”. Qual é a sua posição em relação àqueles que apenas fingem apoiar o MAGA?
Muitos desses antigos responsáveis agora ganharam dinheiro e têm lucros substanciais fazendo lobby para empresas de armas, bancos e corporações estrangeiras. Por exemplo, Pompeo fundou a American Global Strategies, que aconselha empresas de armamento, juntou-se à empresa israelense de desinformação e censura Cyabra e assumiu posições na empresa siderúrgica japonesa Nippon Steel (fazendo lobby para aumentar as importações de aço estrangeiro para os EUA) e na empresa de armamento DYNE Maritime (procurando contratos relacionados com a AUKUS). Chegou mesmo a criar o seu próprio banco de investimento militar-industrial, Impact Investments e, tal como Hunter Biden, entrou para o conselho de administração de uma empresa ucraniana, a Kievstar, apesar de não ter experiência relevante. Embora o caso de Pompeo possa ser extremo, outros têm funções igualmente lucrativas. Será que Irá proibir nomeações daqueles que têm incentivos financeiros para iniciar guerras ou aumentar a vigilância e a censura em massa?
Uma facção crescente no seio do Partido Republicano e entre os independentes defende uma política externa menos orientada pela influência da CIA e pelos lucros da indústria de armamento. Figuras como Robert F. Kennedy Jr. e Tulsi Gabbard apelaram a um maior controlo da CIA e à redução das intervenções no estrangeiro.
No entanto, a escolha de pessoal é política. Será que os infiltrados do “pântano” conseguirão bajulá-lo a fim de ocuparem cargos de influência e assumirem o controlo da sua administração, reduzindo o MAGA a uma mera retórica?
[1] MAGA: Make American Great Again, slogan da campanha de Trump.
O original encontra-se em www.zerohedge.com/political/wikileaks-5-questions-donald-trump-if-he-wins "
DEMOCRACIA DE COLÉGIO ELEITORAL
"Cinco perguntas de Assange.
WikiLeaks
A WikiLeaks lançou publicamente as seguintes perguntas a Trump, numa antecipação do seu possível regresso à Casa Branca:
Como vai lidar com os chamados “lobos com chapéus MAGA” [1] do estado profundo que rondam a sua equipa de transição, fazendo-se passar por MAGA a fim de obter posições poderosas numa futura administração Trump? Afinal de contas, a questão do pessoal é política.
Na sua anterior administração, nomeou figuras como Mike Pompeo, John Bolton, William Barr (ex-CIA), Robert O’Brien, Nikki Haley e Elliott Abrams, que muitas vezes se opuseram à sua retórica “America First”, especialmente em matéria de política externa e liberdade de expressão. Se for novamente eleito, pode garantir que estes indivíduos, ou outros como Tom Cotton e Marco Rubio – ambos financiados por empresas de armamento – não ocuparão cargos na sua administração?
Muitos destes indivíduos não só se opuseram às suas políticas como trabalharam ativamente contra si, chegando mesmo a apoiar a sua acusação. Por exemplo, Mike Pompeo acusou-o de guardar documentos confidenciais, sugerindo que isso colocava em perigo os soldados americanos. Também ordenou à CIA que elaborasse planos para assassinar Julian Assange, suprimiu a divulgação dos ficheiros JFK a pedido da CIA e afirmou que “não existe um estado profundo na CIA”. Qual é a sua posição em relação àqueles que apenas fingem apoiar o MAGA?
Muitos desses antigos responsáveis agora ganharam dinheiro e têm lucros substanciais fazendo lobby para empresas de armas, bancos e corporações estrangeiras. Por exemplo, Pompeo fundou a American Global Strategies, que aconselha empresas de armamento, juntou-se à empresa israelense de desinformação e censura Cyabra e assumiu posições na empresa siderúrgica japonesa Nippon Steel (fazendo lobby para aumentar as importações de aço estrangeiro para os EUA) e na empresa de armamento DYNE Maritime (procurando contratos relacionados com a AUKUS). Chegou mesmo a criar o seu próprio banco de investimento militar-industrial, Impact Investments e, tal como Hunter Biden, entrou para o conselho de administração de uma empresa ucraniana, a Kievstar, apesar de não ter experiência relevante. Embora o caso de Pompeo possa ser extremo, outros têm funções igualmente lucrativas. Será que Irá proibir nomeações daqueles que têm incentivos financeiros para iniciar guerras ou aumentar a vigilância e a censura em massa?
Uma facção crescente no seio do Partido Republicano e entre os independentes defende uma política externa menos orientada pela influência da CIA e pelos lucros da indústria de armamento. Figuras como Robert F. Kennedy Jr. e Tulsi Gabbard apelaram a um maior controlo da CIA e à redução das intervenções no estrangeiro.
No entanto, a escolha de pessoal é política. Será que os infiltrados do “pântano” conseguirão bajulá-lo a fim de ocuparem cargos de influência e assumirem o controlo da sua administração, reduzindo o MAGA a uma mera retórica?
[1] MAGA: Make American Great Again, slogan da campanha de Trump.
O original encontra-se em www.zerohedge.com/political/wikileaks-5-questions-donald-trump-if-he-wins "
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